quinta-feira, 14 de março de 2013

8 de Março

“Enquanto os homens aprenderam a justificar suas fraquezas, as mulheres têm que pedir desculpas pelos seus pontos fortes.” (Lois Wyse)
 
 
Qual é a melhor maneira de se trabalhar e otimizar a diversidade que existe entre as pessoas, considerando o alto crescimento da presença feminina nas empresas?
 
Esta é uma das questões em evidência quando se fala em Etiqueta Corporativa, pois um dos seus princípios básicos é o respeito que devemos ao próximo, ou especificamente, “o que” e “de que modo” fazê-lo.
 
Mesmo com todos os “problemas” culturais enraizados há tanto tempo que restringem a colocação das mulheres no mercado de trabalho em camadas melhor remuneradas, mais e mais estão se inserindo em áreas que antes eram vistas como predominantemente masculinas. Estará o homem preparado para lidar com a mulher no mundo organizacional? A meu ver, somente aquele que reconhecer o seu valor e visualizá-la como semelhante e não como concorrente estará apto a conviver profissionalmente.
 
Para uma melhor compreensão, resumi os “problemas” culturais que elas “tiram de letra”. Há dois lados da moeda:
 
a) Conforme uma pesquisa do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 3,4 milhões de jovens que representam 15% da faixa etária de 18 a 24 anos do Brasil não estudam e nem trabalham. As mulheres são incluídas mais facilmente nesse “problema” devido à maternidade e ao casamento.
 
a.1) O quadro acima é complementado pela desigualdade na divisão do trabalho familiar – tarefas domésticas e cuidados com o filho. Apesar de expostas a uma dupla jornada como trabalhadoras, cuidadoras dos filhos e donas-de-casa, ainda conseguem conciliar o pouco tempo que lhes resta com os estudos.
 
b) Do outro lado está a habilidade das mulheres em se adequar ao macroambiente. O Blog “Elas e Lucros” divulgou um ótimo artigo sobre o poder de adaptabilidade da mulher, cujo teor era uma matéria veiculada em setembro de 2010 pela Audi Magazine. Segundo a revista, as mulheres se amoldam melhor às exigências do mundo contemporâneo porque o atual modelo econômico requer que a mão-de-obra seja dotada de mais habilidade do que força e, sendo assim, qualidades como intuição e capacidade de observação são objetos de desejo de todas as grandes empresas.
 
Aliás, desde o ano passado a representatividade das mulheres na força de trabalho mundial superou a marca dos 50% e os números norte-americanos relativos à quantidade de mulheres nos cursos superiores impressionam:

  
Estados Unidos (2010)
Curso
Representação feminina
Pós-graduação
60 %
MBA
42 %
Bacharelado
60 %



No Brasil, a partir de 2000, mais da metade das vagas universitárias são preenchidas pelas mulheres e hoje este índice é equivalente ao norte-americano. Um levantamento feito por um jornal paulista mostrou alterações significativas na cadeia de comando:

 
100 maiores empresas brasileiras
Período
Mulheres no comando das empresas
2009
0 %
2010
5 %

 
 
100 maiores empresas americanas
Período
Mulheres no comando das empresas
2010
3 %

 
 
Há muito as mulheres deixaram de ser o sexo frágil e listei alguns eventos que reforçam essa ideia e sinalizam novos tempos:
a) 5 Prêmios Nobel foram outorgados às mulheres em 2009;
 
b) pela primeira vez no Brasil uma mulher ocupa a Presidência da República; e
  
c) pesquisas realizadas pela Fundação Perseu Abramo, SESC e INEP confirmam que há uma enorme quantidade de famílias monoparentais chefiadas por mulheres com filho.
 
 Por fim, pertenço ao time que compartilha a crença de que as mulheres não são melhores e nem piores que os homens, apenas diferentes. E afirmo que tentar compreendê-las é uma missão para o resto de nossas vidas. Citando Clarice Lispector: “Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento.”
 
 Parabéns às mulheres por mais este 8 de Março.

Texto escrito por Roberto Tanaka: professor e consultor da Arima Treinamentos.

 

 

quarta-feira, 13 de março de 2013

A NOVA CONTABILIDADE SUSTENTÁVEL

Atualmente as normas brasileiras de contabilidade estão harmônicas com as normas internacionais, emanadas do IASB (International Accounting Standards Board), o que contribui decisivamente para a sustentabilidade das empresas e demais organizações.

No ambiente anterior a contabilidade brasileira era fiscal, observava fundamentalmente parâmetros fiscais, o que fazia com que as nossas demonstrações financeiras não traduzissem com fidedignidade os resultados e patrimônio das empresas, ferindo frontalmente a sustentabilidade dos negócios.

Os usuários das demonstrações contábeis, principalmente os externos, tomavam decisões importantes, como negociar ações ou conceder créditos, com base em balanços errados, maculados por critérios fiscais, alguns absolutamente arbitrários.

O Contador tem grande responsabilidade social na medida em que subsidia a tomada de decisão de usuários os mais diversos com as demonstrações contábeis que elabora. Não é por outro motivo que este profissional liberal é bem valorizado em países mais desenvolvidos.

No Brasil o contador não tinha a mesma valorização que os colegas de economias mais avançadas tinha, por alguns motivos, dentre eles a interferência fiscal na contabilidade das empresas. Como garantir sustentabilidade tendo por pano de fundo demonstrações contábeis enganosas?

Felizmente o ambiente mudou, e juntamente com as novas normas um aumento do poder de fiscalização do Conselho Federal de Contabilidade, através dos CRC, impulsionará o profissional contábil a perseguir métodos e critérios muito bem fundamentados para o registro e reporte das várias transações do um negócio, aumentando substancialmente a sustentabilidade das organizações.

O processo está em transição, pois representa uma verdadeira revolução na área contábil, mas vislumbra-se os resultados comentados.

Escrito por Fábio Molina: Mestre em Ciências Contábeis pela PUC/SP, MBA em Finanças, Contador, Administrador, professor universitário, coordenador de curso superior, pesquisador, conferencista, consultor, sólida experiência técnica e executiva, além de instrutor de diversos cursos, dentre eles o Ativo Imobilizado, que será realizado no próximo dia 22/03 na empresa Arima Treinamentos. Faça sua inscrição e obtenha todaas as informações neste link: http://www.arimaweb.com.br/cursoativoimobilizado/