“Eu não sei qual o
segredo do sucesso, mas o segredo do fracasso é tentar agradar todo mundo.” (Bill
Cosby)
Louis
Lavelle afirmou que o maior bem que podemos fazer aos outros não é oferecer a
nossa riqueza, mas levá-los a descobrir a deles.
Outro
dia reuni-me com o Diretor de Operações de um de nossos clientes mais antigos para
avaliar e acompanhar o andamento de um novo projeto. Nesse dia ele comentou
sobre os visitantes que se reuniram com o proprietário da empresa e que ficou
muito impressionado com a elegância, a educação e a gentileza deles.
Então,
ele falou com a maior naturalidade: “Rapaz, como eles são chiquetosos. Sei disso porque tomei uma chiqrinha de café com eles, mas depois cometi uma tremenda gafe!!! Conversei
rapidamente com eles, porém estava mastigando um chiqréte!!!”
Nesse
instante ele repassou mentalmente o que havia me dito e pela expressão no seu
rosto pude perceber que ele caiu em si. E aí comentou: – Acho que dessa vez eu
me superei! Concordei e começamos a rir. Como vocês notaram, foi ele quem me
apresentou ao verbo chiq.
Após
rirmos muito, disse-lhe: – Você não deve se preocupar com isso, meu amigo, pois
sei que nenhum deles ligou para o seu modo de se expressar ou se apresentar,
afinal, eles estavam focados era na reunião. Além disso, a autenticidade é uma
de suas maiores qualidades e tenho a absoluta certeza que isso eles
reconheceram e aprovaram. E continuamos a conversar.
Caro
leitor, há seis detalhes relevantes que podem alterar consideravelmente a sua
percepção dos fatos e os listei por ordem de importância, sendo do maior para o
menor:
- Ele é autêntico;
- Ele é assim com todos;
- Ele não se importa que o orientem desde que o objetivo seja o esclarecimento e não a tentativa de diminuí-lo por meio do menosprezo;
- Ele não é uma pessoa limitada, muito pelo contrário;
- Ele é muito bom naquilo que faz; e
- Ele possui mais graduações, pós, MBA’s e experiência de mercado que a maioria dos executivos que conheço, e me incluo nessa lista.
Atitudes
como ser verdadeiro e não dar as costas aos seus princípios e aos seus amigos
compõe o caráter do ser humano e influenciam o ambiente pessoal e o corporativo.
Sem isso, o resultado será o ostracismo e no corporativo ainda haverá um
agravante: pesarão nos processos seletivos tanto em uma contratação quanto em
uma promoção. Para exemplificar, uma das perguntas top feitas pela maioria dos recrutadores é se o futuro
colaborador(a) sabe trabalhar a individualidade dos seus pares e subordinados
visando extrair o máximo dessa diversidade. Parte desta resposta só pode ser
alcançada a partir de dois pontos:
a)
Aprender a conviver com as distintas etnias e
culturas; e
b)
Aceitar as pessoas como elas são.
Então,
afirmo: Ser o que se é sempre foi e será muito mais importante do que aparentar
ser, mesmo tendo a certeza que todos, em algum momento, vivenciaram que entre o
preto e o branco existem muitos tons de cinza.
Encerrarei
este artigo com uma frase de Theodore Francis Green: “Muitas pessoas pensam que
à medida que envelhecemos temos de desistir de certas coisas. Pois eu acredito
que só ficamos velhos porque abrimos mão de certas coisas.”
Texto
escrito por Roberto Tanaka: professor e consultor da Arima
Treinamentos.
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