"A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que seja estratégia." (Gen. Norman Schwarzkopf)
A ética é a parte da filosofia que estuda a moral relativa ao comportamento das pessoas e comportamento ético é o esperado em função de diversas normas e regulamentos definidos dentro de um grupo.
Vivemos em um mundo globalizado no qual um simples clique desfaz e cria novos conceitos, quebra barreiras e reduz distâncias que antes eram quase infinitas ao tempo de um download. Estes fatores contribuíram para elevar o nível de competitividade entre as empresas a um patamar jamais previsto e, ao longo do tempo, observei que algumas delas, devido a esta pressão descomunal, optaram por implementar medidas de sobrevivência que foram de encontro à ética.
Há empresas nas quais a ética não é irrepreensível e em hipótese alguma devem ser vistas como exemplo de modelo bem-sucedido de gestão empresarial. Citando como exemplo o episódio do Banco Lehman Brothers, “Fazemos qualquer negócio” era o lema adotado pelo banco quando quebrou no dia 15 de setembro de 2008. Lembro-me quando o professor Cortella, filósofo da PUC-SP, afirmou que muitas pessoas entraram em pânico e não perceberam que a crise não era econômica, mas ética. E assegurou que não foi uma crise de crédito, mas de credibilidade.
Apesar das organizações influenciarem o comportamento das pessoas, o profissional ético é aquele que não desvincula a ética dos diversos papéis que desempenha na vida: filho, pai, marido, vizinho, colega de trabalho, empresário, etc. Referenciando Mussak, é o que tem a plena consciência que a construção da sua carreira deve ser maior que a manutenção do seu emprego.
Deste modo, o profissional ético preocupa-se muito com a sua imagem e, independente de ter um bom conhecimento, dominar a parte técnica da sua função, possuir várias capacitações e inúmeras habilidades ímpares, os “arranhões” podem comprometer a sua reputação e afetar a sua credibilidade, pois a transparência e a responsabilidade são alguns dos valores que fundamentam a ética.
Tolstoi declarou que não podemos ser bons pela metade, desta forma, o profissional ético é aquele que sempre age de forma honesta, íntegra, leal e transparente. Respeita, acima de tudo, o ser humano, a natureza e assume a responsabilidade pelas próprias falhas. Não se contradiz porque age em conformidade aos seus princípios e valores. E por fim, é humilde. Esta qualidade lhe permite vislumbrar oportunidades de melhoria, as quais alavancarão tanto a sua carreira quanto os negócios da empresa para a qual trabalha.
Assim sendo, aqui vai uma dica: hoje em dia, muitos sabem executar e alguns sabem executar muito bem, logo, as empresas contratam ou demitem de acordo com o fator comportamental. As atitudes e a conduta pesam tanto ou mais que o conhecimento técnico na avaliação das empresas.
Escrito por Roberto H. Tanaka consultor e professor da Arima Treinamentos
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